terça-feira, 10 de abril de 2012

O Parto.


Nessa postagem, eu começo contando a história antes de entrar naquela sala já familiar.
O Parto foi árduo, difícil. Estávamos com muita dificuldade. A criatividade parecia estar presa. 
Foi necessário então pedir ajuda. Corri a parentes perguntando se algum tinha um objeto ou ideia que pudesse me ajudar a parir logo isso. Ninguém tinha. Ouvia-se somente aquela típica estranheza. "Parto? Como é Isadora? Que parto é esse?" Depois de explicações rápidas, dadas sem real intenção de fazê-los entender, ouviam-se alguns "Aaah, sim".
Conversei com duas das pessoas mais importantes de fazerem este parto possível. Minha mãe, Dora Lúcia, e minha tia, Rosa Arraes.
Elas me contaram com alguns detalhes particulares que não batiam com a história da outra. Eu ria das duas, de repente tudo se tornou mais fácil, como se meu corpo agora, estivesse preparado.
Preparei-me pra ir até o local indicado. Entrei na sala encontrando vários colegas que estavam no mesmo estado que eu, outros, pareciam querer forçar o nascimento, não estavam prontos ainda.
E isso foi nítido.
Alguns dos partos me emocionaram. Outros me fizeram gargalhar de rir. Foi uma aula muito bonita. Com muitos nascimentos.

Eis aqui o meu. Esta é a Isadora, presente na minha trajetória, mas dessa vez, em uma posição de observadora.
Esta sou eu, participando do meu nascimento, mas com uma responsabilidade diferente. Agora eu sou a encarregada de fazer o meu parto.
Nesse dia, eu fui a que escreveu a história. Eu dei a partida.

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