terça-feira, 10 de abril de 2012

O Parto.


Nessa postagem, eu começo contando a história antes de entrar naquela sala já familiar.
O Parto foi árduo, difícil. Estávamos com muita dificuldade. A criatividade parecia estar presa. 
Foi necessário então pedir ajuda. Corri a parentes perguntando se algum tinha um objeto ou ideia que pudesse me ajudar a parir logo isso. Ninguém tinha. Ouvia-se somente aquela típica estranheza. "Parto? Como é Isadora? Que parto é esse?" Depois de explicações rápidas, dadas sem real intenção de fazê-los entender, ouviam-se alguns "Aaah, sim".
Conversei com duas das pessoas mais importantes de fazerem este parto possível. Minha mãe, Dora Lúcia, e minha tia, Rosa Arraes.
Elas me contaram com alguns detalhes particulares que não batiam com a história da outra. Eu ria das duas, de repente tudo se tornou mais fácil, como se meu corpo agora, estivesse preparado.
Preparei-me pra ir até o local indicado. Entrei na sala encontrando vários colegas que estavam no mesmo estado que eu, outros, pareciam querer forçar o nascimento, não estavam prontos ainda.
E isso foi nítido.
Alguns dos partos me emocionaram. Outros me fizeram gargalhar de rir. Foi uma aula muito bonita. Com muitos nascimentos.

Eis aqui o meu. Esta é a Isadora, presente na minha trajetória, mas dessa vez, em uma posição de observadora.
Esta sou eu, participando do meu nascimento, mas com uma responsabilidade diferente. Agora eu sou a encarregada de fazer o meu parto.
Nesse dia, eu fui a que escreveu a história. Eu dei a partida.

A Junção.

Atrasei as postagens. Acho que estou começando a sentir as dificuldades de fazer o curso técnico e o superior ao mesmo tempo. Sorte minha ter as anotações guardadas. Ok.
Dia 26/03 iniciaram as apresentações dos Seminários. As vezes eu tento pensar como a professora: Porque a Wlad mantém uma aula em que acontece tantas coisas paralelas? Isso não atrapalharia os alunos ao invés de ajudá-los? Então, eu percebi. A aula dela sempre parece mais longa que as outras, e o porquê disso é que ela utiliza todo o tempo possível com atividades diferentes, o que faz os alunos permanecerem atentos do início ao final das aulas. É um detalhe interessante de ser notado, porque afinal, somos futuros professores, não é mesmo? temos que saber prender o nosso público tanto quanto ela sabe.
Depois iniciaram os primeiros trabalhos com o nosso lençol. Até então, ninguém sabia que eles teriam outra utilidade além de apresentar a nossa família. Não seriam só os parentes a serem apresentados, iríamos também nos apresentar utilizando ele.
Criar diversos objetos cênicos com um único de início parece difícil, mas depois que você determina um foco e trabalha a sua mente junto ao corpo, tudo se torna mais fácil.
O lençol-corpo-mente torna-se uma coisa única. o Lençol cria formas que parecem estarem interligadas a pulsação do corpo, a respiração e até mesmo ao seu estado de espírito.
O corpo e o Objeto traçando uma única trajetória.